quinta-feira, 12 de abril de 2012

Gradualidade renitente


Mais uma vez te escrevo. Fico feliz pela vontade ter surgido, pois ultimamente tenho centrado esforços para te extrair do meu pensamento, local que persistes em habitar. Por diversas vezes pensei que a distância me afastasse de ti, mas estou errado.

Não somos somente palavras;
Não somos somente banalidade;
Somos desejo, entrega, partilha, ânsia, somos amor;
SOMOS!

Pluralidade que me agrada, sabendo da dificuldade inerente à construção e valoração futuras. É à minha imaginação, banhada em desejo, que recorro quando imagino o nosso beijo ou o quão prazeroso seria olhar-te enquanto dormes a meu lado, embrenhado num descanso profundo, sinónimo da libertação e felicidade que sentes. A racionalidade obriga-me a retornar à realidade, onde procuro valorizar as pequenas insignificâncias com que me apedrejas. Trata-se de uma gradualidade pensada e sentida, onde o tempo é puro pormenor.

Quando pensares que já não te amo, é precisamente esse o momento em que te amo mais.

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