segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Futilidade emocional



Apercebi-me da polaridade, porém equitativa, da futilidade. Quando o materialismo é despiciendo e a emoção prevalece, a dor surge e o pensamento padece.
Olho-te nos olhos, mas eles teimam em fugir. A tua presença incomoda-me, enaltecendo a minha inferioridade; bastava que quisesses e espezinhavas-me com a maior das facilidades, ali, aqui, agora...
Tento descobrir-te um sorriso mas apenas o denoto em resposta a situações banais e quotidianas. Tens um semblante tão carregado, sabes? Transpareces dor, dúvida, indefinição e angústia. Sinto-te preso.
Apetece-me abraçar-te e, momentaneamente, ver-te explodir até ao tutano; limitar-me-ei a deixar-te cair e ver-te morrer. Contudo, estarei ao teu lado, pois quando acordares serás Novo. Sentirás a leveza do teu ser em plenitude, transmutada num sorriso, finalmente, real.
Tenho a capacidade de te ver para além do que representas fisicamente e és tanto, tanto, tanto...
Fizeste-me compreender qual o meu rumo emocional. Abominarei a futilidade, ansiando eternamente que partilhemos um beijo e sejamos um só no abraço que nos une.
Chama-lhe masoquismo ou mesmo estupidez, mas não desistirei até que a negatividade literalizada me apunhale.


Devan

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