sábado, 12 de dezembro de 2009

Doi...



Confesso que nunca me senti assim. Sinto-me como se tivesse um buraco no estômago, aliado a uma pressão enorme no peito que teima em não passar. Poderia ao menos doer, assim conseguiria gritar, exteriorizar aquilo que sinto de alguma forma. Sinto-me mudo, petrificado, frustrado, imóvel...!
Sinto que lhe daria aquilo que jamais dei a alguém, sinto-me capaz de amar, de ser feliz, de me entregar por completo. É tão injusto, tão difícil, tão frustrante, tão... doloroso.

Contudo, a amizade vai sendo construída. Prometeste-me que não seria afectada e estás a cumpri-lo tão perfeita e inimaginavelmente. É a única forma que tenho de continuar a teu lado. Assim o farei, pura e fielmente até que algo nos separe. Ter-te-ei na mesma, mas nunca tendo o teu beijo, o teu corpo, o teu "amo-te".

Ficará a dor de não te conseguir mostrar o quão feliz serias ao meu lado, obtendo a estabilidade que tanto procuras. Porias ao menos a hipótese? Não, claro que não!

Adoro-te tanto!


Devan

2 comentários:

Anónimo disse...

Na vida, contrariamente ao que sucede na escola, é difícil - isto se exceptuarmos alguns privilegiados - encontrar as fórmulas ou os conceitos capazes de nos permitirem enfrentar com sucesso as situações adversas. As contrariedades!...

É, sobretudo, no campo dos afectos que mais se acentua essa nossa ignorância. Damos por nós, com frequência, a contas com a tristeza e com o desânimo. Quase sempre porque o caminho não se revela tão favorável como o havíamos imaginado. Como o desejo no-lo deixava antever.

Bem sei que a mágoa costuma instalar-se-nos no peito, esgaravatando nas próprias feridas do vazio. É preciso, então, apelar para a nossa lucidez e, sem renegar em absoluto o que já percorremos, escolher outro caminho, sabendo que a felicidade é, tão-somente, a sucessão de alguns instantes e nunca um objectivo concreto. Palpável!...


driftin'

. disse...

Como eu compreendo essa dor ;/