sábado, 6 de março de 2010

Visão indesejada


Numa trivial noite
Trabalhavas
Eu descontraía
Cruzámo-nos
Primeiramente sem qualquer intenção
Bastou que falasses
A tua simpatia
A tua serenidade
A tua eloquência
A tua inteligência
A tua beleza
O teu olhar
Prendeste-me
Obrigaste-me a reflectir
Acordaste-me
Tenho medo
Não acredito num depois
Apenas o anseio
Muito
Tanto
Quero ter forças
Quero tentar
Quero acreditar
...!

Desculpa-me se tudo não passou de uma percepção errada. Apeteceu-me agir, dar-te a entender subtilmente, mas o medo da rejeição, do ridículo, das conclusões precipitadas e, consequentemente, falaciosas, sobrepuseram-se.

Fizeste-me (re)perceber como dói, como é difícil e penosa a solidão, a aparente impossibilidade de partilha.

Estou convicto de que não te recordas de mim
Fui apenas mais uma cara
Como qualquer outra que por ti passa diariamente
Não te censuro
Compreendo perfeitamente

Gosto do sentimento
Impossivelmente correspondido
Contudo, permanentemente desejado
O esquecimento tinha-se apoderado de mim
Sinto-me vivo
A imaginação é tão nossa amiga, sabes?


Obrigado e desculpa.



Devan

1 comentários:

Gato Verde disse...

O maldito do medo, as malditas inseguranças... Que bons que são em algumas situações, que maus que são em outras.
Mas terá sido bom ou mau?
A resposta está em ti, mas seria bem mais precisa se arriscasses ;)

Gostei de ler.

Passa no meu blog, tenho um desafio para ti :)