terça-feira, 21 de maio de 2013

Lascívia esperança


Vida cruel que diariamente nos apresentas obstáculos, camuflados por ânsias desmedidas cujo o próprio organismo se esfalfa para as esconder, em auto-defesa e indução de auto domínio, por temor ao descontrolo e despiste pluralista.

Sádico retorno, impulsionador de um masoquismo psíquico que ultrapassa o irreal, o impossível... 
Uma infinidade de acontecimentos surgem diante de mim, num universo intocável e inalcançável. Contudo, torna-se prazerosa, libertadora e, simultaneamente, apaziguadora esta viagem extra dimensional em que me sinto completo. Por muito que a auto consciencialização de tal lacuna exista, cimentada pela delonga temporal, não passarão de justificações para uma eterna repressão. 

O povo, na gíria, afirma que basta desejar algo com veemência para o conseguir alcançar, no entanto, tal empirismo está errado; o desejo terá de vir acoplado à crença de conquista, sendo o seu acesso, irrevogavelmente, satírico. Dispensam-se opiniões onde constem as palavras "confiança", "auto estima", "segurança" e "fé". Chega de demagogias! Basta de citações Sparkianas, valendo tanto como a capacidade literária do seu criador: zero! 

Povo vergonhoso, pequeno, entorpecido, inerte, acéfalo, simplesmente pela incapacidade de observarem com lucidez o seu próprio reflexo. Cegos!

2 comentários:

andré maia disse...

Por onde é que tu andas? Se é que andas!...

É verdade, como tu próprio depreendeste, que não basta desejar com veemência para que o desejo venha a concretizar-se. Pode ser uma condição, mas não é suficiente.

É preciso permitir que os pés se façam ao caminho.

Devan disse...

Curiosa a aleatoriedade com que vim visitar o meu blog e leio um comentário teu. Um sentimento de deja vu, regado de nostalgia assolou-me de imediato, onde as memórias (re)surgem e me fazem sorrir.

Ando, a um ritmo bradicárdico, quase assistólico, mas ando. Pelo caminho muito se perdeu, pouco se ganhou e quase nada restou.

Tenho saudades de te sentir.