segunda-feira, 5 de abril de 2010

Driftin'




Hoje não me sinto com capacidade nem paciência para metáforas, jogos de palavras ou mesmo buscas incessantes por significações entre frásicas.
A verdade é esta: tenho-me sentido de rastos. A dor que há tanto me acompanhava, ultimamente camuflada, voltou! Tornaram-se despiciendas todas as tentativas de mimetização, apesar de terem cumprido o seu papel eximiamente. Contudo, e já diz o povo: "Nada é eterno". Não pretendia que fosse, mas confesso que viveria muito melhor dessa forma. Não o considero errado, visto saber perfeitamente em que situação me encontrara. Mas... eu mereço! Digo-o sem qualquer tristeza e vitimização. A impunidade que, outrora, tinha considerado eterna, está a tornar-se sedenta de justiça e vingança. ADORO! Sim, posso-vos estar a parecer masoquista, mas a lucidez e o alargamento do campo de visão permitem-me afirmá-lo sem medo, visto já há muito prever a sua aparição.

Tenho tanta necessidade de partilhar, de me entregar sabendo que será valorativo e correspondido. Porque é que tem de ser tão difícil, sinuoso, tortuoso, doloroso...? Vai-me valendo a minha imaginação que, apesar de lúcida e ciente da sua morada, possui uma capacidade de extrapolação enorme, levando-me a lugares inimaginavelmente belos, mágicos, perfeitos, contudo, intocáveis, puras miragens.

Quando me sinto assim, as saudades de um alguém muito especial apertam. Aquele alguém que me fizera sentir realmente feliz, um puto feliz! Lembras-te? Tudo começou por aqui e se desenrolou de um modo tão puro. Jamais alguém ousou entrar em mim da forma que tu o fizeste. Jamais ousei que alguém o fizesse. Nunca me senti tão seguro, tão protegido, tão compreendido, tão desejado...
Quando penso nas razões pelas quais estamos afastados, não encontro qualquer argumento plenamente válido. Apenas senti um afastamento, coadjuvado à dúvida e à incapacidade de partilha da verdade. Uma lacuna que não consigo esquecer, mas estou disposto a compreender.
Sempre que te tento descrever, fico sem palavras. Possuis um enorme poder sobre mim, um controlo que absolutamente ninguém tem e só a ti permito. Porquê? Talvez devido ao facto de já ter sofrido tanto pelas tuas ausências, pela falta que tu, constantemente, me fazes.
É impressionante, sabes? Valorizo imenso as aparências, sendo capaz de negar alguém que, à partida, não me agrade dessa forma. Contigo, até isso foi diferente. Primeiramente mantivemos contacto sem alguma vez te ter visto. Mais tarde deste-me a possibilidade de poder associar a tua psicoperfeição a algo físico e sim, igualmente perfeito. Tão perfeito que o comecei a considerar demasiadamente imaculado e, dessa forma, inalcançável. Nunca tive coragem de to dizer pelo medo de te perder novamente. Pedir-te-ia que me fizesses acreditar mais uma vez, mas não tenho o direito.
Serás, para todo o sempre, o meu anjo. Não arranjo palavra melhor. Protegeste-me, guiaste-me, acolheste-me, acarinhaste-me, sempre mantendo a distância necessária para que eu me sentisse vivo e nunca, mas nunca, preso e/ou abafado. Foi a primeira vez que senti que alguém me pertencia, senti-te meu...

Dessa forma, e por mais rumos que a minha vida possa tomar, por mais pessoas que eu conheça, por mais vezes que ame, deixa-me dizer que:

Estou e estarei eterna e irrevogavelmente apaixonado por ti!


Devan

1 comentários:

Edgar Alves disse...

Desculpa por toda a ausência no meu blog e em especial a ti e a todos os leitores que o comentaram e não obtiveram respostas. :)
Muito Obrigado por seguires o meu blogue e partilhares a tua opinião comigo. Gostei de igual forma do que li no teu e lembra-te que o melhor da vida vem sempre quando menos esperamos! Sê feliz, sorri e luta por tudo que mais desejas*